Battlefield São Paulo

Pouca gente sabe, mas a cidade de São Paulo já foi cenário de uma guerra civil. Menos famosa que a Revolução Constitucionalista de 1932, a Revolução de 1924 foi muito mais intensa com relação aos embates entre os revolucionários e as forças legalistas.

O clima de estabilidade do início da década de 1920 apresentou o cenário ideal para vários levantes tenentistas (iniciado por tenentes das Forças Armadas) em diversos pontos do país, como a Revolta dos 18 do Forte de Copacabana.

O número total de vítimas foi inferior ao registrado na Revolução iniciada por MMDC, mas vale lembrar que o confronto foi mais curto, foram apenas 23 dias de combates que resultaram em 503 mortos (número estimado) em sua maioria vítimas civis e mais de 5000 feridos, contra 934 vítimas fatais, em sua maioria combatentes em 87 dias de combate em 1932.

Mas houveram dois diferenciais marcantes nessa Revolução:A dura e desproporcional repressão sofrida pelos revoltosos de São Paulo pelo presidente Arthur Bernardes (que havia sido muito mais condescendente em uma revolta parecida no Rio Grande do Sul) através do Exército Nacional com o apoio da Força Pública (Atual Polícia Militar); o êxodo dos moradores de São Paulo, estima-se que, dos 800 mil moradores que a capital paulista possuia na época, 300 mil fugiram da capital buscando refúgio no interior do estado, sobretudo nas cidades de Jundiaí e Campinas.

Esse levante, após ser abafado na capital paulista, seguiu com um grupo de revoltosos pelo interior do estado e se juntou nove meses depois à Coluna Prestes.

fonte: ASSUNÇÃO, Moacyr/ São Paulo deve ser destruída Editora Record

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