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Saindo da vida...

  • Paulo Jr
  • 24 de ago. de 2015
  • 2 min de leitura

Era madrugada de 24 de agosto de 1954 no Palácio do Catete, então sede do governo federal. Com um tiro no coração, a esfinge dos pampas, o homem que por mais tempo esteve a frente da maior república da América Latina, tirava a sua própria vida.

Getúlio Dornelles Vargas, gaúcho de São Borja, filho de um importante caudilho local formou-se com louvor em direito e advogou em sua terra natal até entrar para a política em 1909. Candidato derrotado nas eleições presidenciais de 1929, aproveitou a insatisfação dos estados que não faziam parte da política café-com-leite de Minas e São Paulo, que por si só não era muito consistente, e articulou a Revolução de 1930 tomando o governo através de um golpe. Esse primeiro período de Getúlio no poder dissolveu o congresso e se manteve até 1945, quando foi deposto pelos militares que se deram conta da incoerência de atravessar o Atlântico e combater um regime ditatorial enquanto vivenciavam em seu próprio quintal um regime semelhante, inclusive o próprio Getúlio flertou por um bom tempo com o fascismo italiano.

Retornou ao cargo mais alto do executivo em 1950 de forma legal através de eleições indiretas, porém esse período foi bem mais curto, pressionado pelos militares cada vez mais fortes e influentes, e atormentado por seu nome ligado ao atentado à Carlos Lacerda, Getúlio não resistiu, escreveu a célebre carta testamento e deixou a vida para entrar para a História.

Os avanços da política getulista podem ser visto como populistas, mas eram considerados modernos para a época, tantos que vários deles, sobretudo os trabalhistas, resistem até os dias atuais. Foi importante também na formação da indústria nacional e nos avanços tecnológicos. Foi uma figura das mais polêmicas de nossa História, para o bem, ou para o mal, Getúlio não passou desapercebido pelo século XX.


 
 
 

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